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Negócios comunitários reduzem desmatamento em 28% na Amazônia com apoio da tecnologia

Nos últimos cinco anos, o desmatamento em áreas de conservação da Amazônia caiu 28%, segundo dados da Fundação Amazônia Sustentável (FAS). Negócios co...

Negócios comunitários reduzem desmatamento em 28% na Amazônia com apoio da tecnologia
Negócios comunitários reduzem desmatamento em 28% na Amazônia com apoio da tecnologia (Foto: Reprodução)

Nos últimos cinco anos, o desmatamento em áreas de conservação da Amazônia caiu 28%, segundo dados da Fundação Amazônia Sustentável (FAS). Negócios comunitários reduzem desmatamento em 28% com apoio da tecnologia Nos últimos cinco anos, o desmatamento em áreas de conservação da Amazônia caiu 28%, segundo dados da Fundação Amazônia Sustentável (FAS). O resultado é reflexo, também, de iniciativas que unem tecnologia, empreendedorismo e sustentabilidade. Em comunidades ribeirinhas, negócios como pousadas e comércios locais estão apostando em alternativas como a energia solar para gerar renda e, ao mesmo tempo, reduzir os impactos ambientais. ​​📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp Na comunidade Santa Helena dos Ingleses, localizada às margens do Rio Negro, no Amazonas, os painéis de energia solar que abastecem as pousadas e as casas são um exemplo disso. Na pousada da empreendedora Adriana Siqueira, a energia utilizada é renovável. Ela usa placas solares que abastecem não só o negócio dela, mas também outras 29 famílias da comunidade. "Depois que teve a instalação da energia solar, vieram muitas oportunidades, porque caía muito a energia e a gente ficava no prejuízo, tanto no turismo quanto nos comércios. Tá dando super certo. É uma energia limpa, uma energia renovável, não tem gás carbônico nem nada, é direto da natureza", contou. A tecnologia também faz diferença no dia a dia dos moradores, inclusive na conservação dos alimentos. Antes, a falta constante de energia comprometia o armazenamento, o que gerava desperdício e prejuízo para as famílias. "Não tem como estragar, até porque, como eu estou falando, eu controlo. É uma de dia e outra de noite, nenhuma das duas fica sem gelo, nunca", afirmou o empresário Francisco Marçal, que trabalha com comércio local. A instalação dos sistemas de energia solar faz parte de uma iniciativa da FAS, que atua em 16 Unidades de Conservação da região, incentivando alternativas de sustento que respeitam o meio ambiente. Entre 2003 e 2007, foram desmatados 12.174 quilômetros quadrados nas Unidades de Conservação atendidas pela FAS. Já entre 2019 e 2023, o número caiu para 8.766 quilômetros, de acordo com dados da própria fundação. Para o gerente de Empreendedorismo da FAS, Wildeny Mourão, as comunidades passaram a enxergar o verdadeiro valor da floresta. "Se a gente olhar pra outrora, a gente vai perceber que as comunidades antes viam a floresta não com o valor devido. Na verdade, elas mais que precificavam a floresta. E hoje, a gente vê o inverso disso. A prosperidade, o desenvolvimento sustentável, ele parte do valor que a floresta tem e da relação das pessoas para com a natureza", afirmou. Essa consciência também fortalece quem colocar em prática uma ideia inovadora. "Elas [pessoas] conseguem trabalhar com a extração e o recurso da floresta de uma maneira mais sustentável, fazendo o manejo da forma correta. E ao mesmo tempo se tornam guardiãs da floresta, porque sabem que é de lá que elas tiram a sua subsistência", explicou a educadora Izolena Garrido. Para Adriana, que vive do turismo e da natureza, essa relação de respeito é essencial. "Aqui a gente depende da água, depende da natureza, a gente depende dos animais. Então o foco é isso: é a sustentabilidade, a proteção do meio ambiente", conclui. Painéis de energia solar que abastecem as pousadas e as casas na comunidade Santa Helena dos Ingleses, no Amazonas. Rede Amazônica Setor de energia solar cresce no Amazonas