Funai interdita 343 km de área com presença de indígenas isolados no Amazonas
Área corresponde a terra indígena Mamoriá Grande, localizada nos municípios de Tapauá e Lábrea. Funai interdita 343 km de área com presença de indígena...
Área corresponde a terra indígena Mamoriá Grande, localizada nos municípios de Tapauá e Lábrea. Funai interdita 343 km de área com presença de indígenas isolados no Amazonas Mário Vilela/Funai A Fundação Nacional do Índio (Funai) publicou, na última quarta-feira (11), uma portaria que estabelece a interdição de 343 quilômetros da área correspondente à Terra Indígena Mamoriá Grande, localizada nos municípios de Tapauá e Lábrea, no interior do Amazonas. A denominação "povos indígenas isolados", conforme a Funai, se refere especificamente a grupos indígenas com ausência de relações permanentes com as sociedades nacionais ou com pouca frequência de interação, seja com não-índios, ou com outros povos indígenas. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp A portaria, publicada no Diário Oficial da União (DOU), impõe restrições ao deslocamento e permanência de pessoas não autorizadas pela Funai na área, permitindo apenas a entrada de pessoas com permissão da Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGiirc/Funai), além de índios isolados ou de recente contato. A medida, no entanto, não se aplica às Forças Armadas e às forças policiais, que, no cumprimento de suas funções institucionais, podem ingressar na área, desde que acompanhados por funcionários da fundação. A portaria proíbe também a exploração de qualquer recurso natural na terra indígena. A proibição vai ser fiscalizada pelas equipes da Frente de Proteção Etnoambiental Madeira-Purus (FPEMP/Funai). A decisão atende a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), que levou em conta diversas manifestações, incluindo uma da FPEMP/Funai, que durante uma expedição em dezembro do ano passado, constatou a presença de povos isolados na região. "A presença de qualquer pessoa nas áreas onde vivem os povos isolados ocasiona graves ameaças à vida e à própria existência desses grupos, dadas suas vulnerabilidades frente a nossa sociedade, principalmente sob o aspecto epidemiológico (doenças), devendo incidir o princípio da precaução com a adoção da medida administrativa cautelar da restrição de uso", salientou o MPF na recomendação. Funai vai avaliar territórios reivindicados por indígenas no AM e RR