Festival de Parintins 2025: MPAM pede suspensão da venda de ingressos para correção de irregularidades
Principal reclamação é a venda de ingressos apenas em pacotes para as três noites do evento, o que caracteriza, segundo o MP, uma prática de venda casada, ...
Principal reclamação é a venda de ingressos apenas em pacotes para as três noites do evento, o que caracteriza, segundo o MP, uma prática de venda casada, proibida pelo Código de Defesa do Consumidor. Caprichoso e Garantido na 'galera' do Festival de Parintins Alex Pazuello/Euzivaldo Queiroz O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), por meio das Promotorias de Justiça de Parintins e da Defesa do Consumidor, ingressou com uma Ação Civil Pública (ACP) para suspender a comercialização de ingressos para o Festival de Parintins 2025 até que sejam corrigidas práticas irregulares na venda. A principal reclamação é a venda de ingressos apenas em pacotes para as três noites do evento, o que caracteriza, segundo o MP, uma prática de venda casada, proibida pelo Código de Defesa do Consumidor. Ações requeridas pelo MPAM: Venda de ingressos avulsos: O MPAM solicita que pelo menos 50% dos ingressos sejam vendidos separadamente por noite, além de permitir pacotes completos. Garantia da meia-entrada: A ação também exige que o benefício da meia-entrada seja respeitado para grupos prioritários, como idosos, estudantes e pessoas com deficiência. Indenização por danos morais coletivos: O MPAM pede a condenação dos responsáveis a pagar R$ 1,5 milhão por danos morais coletivos, valor destinado aos fundos estadual e municipal de defesa do consumidor. O g1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da AmazonBest, empresa responsável pela venda de ingressos do Festival de Parintins, e com as associações folclóricas Caprichoso e Garantido, para comentar sobre os impactos da suspensão da venda de ingressos e as correções das irregularidades apontadas pelo MPAM. No entanto, até a publicação desta matéria, não obteve resposta. Contexto e irregularidades identificadas pelo MPAM A Ação Civil Pública foi baseada em um Inquérito Civil iniciado após uma denúncia de irregularidades na venda de ingressos para o festival de 2024. A análise do contrato entre a Amazon Best Turismo e Eventos Ltda. e as Associações Folclóricas revelou que, embora fosse prevista a venda de ingressos avulsos, a prática foi descumprida, obrigando os consumidores a adquirirem pacotes para o evento inteiro. Além disso, a distribuição desigual de ingressos entre patrocinadores e o público em geral também foi considerada prejudicial, principalmente para consumidores mais vulneráveis. O MPAM também requer que as multas sejam aplicadas em caso de descumprimento das medidas solicitadas, com o intuito de garantir que os consumidores tenham um acesso mais justo e equilibrado aos ingressos do Festival de Parintins 2025.