Do campo ao mercado: produção sustentável movimenta comunidade indígena em Boa Vista
Na zona rural de Boa Vista, Dinarte Pereira lidera a agricultura familiar com inovação e diversidade, inspirando outros produtores locais. Feijões plantados ...
Na zona rural de Boa Vista, Dinarte Pereira lidera a agricultura familiar com inovação e diversidade, inspirando outros produtores locais. Feijões plantados e colhidos por Dinarte Pereira Ailton Alves/Rede Amazônica Uma produção agrícola diversificada, sustentável e lucrativa é a marca de Dinarte Pereira, agricultor que vive na comunidade indígena Vista Alegre, na zona rural de Boa Vista. Em sua propriedade, ele cultiva desde abóboras até feijão, gerando não apenas renda para a família, mas também promovendo desenvolvimento para sua comunidade, formada por indígenas dos povos Macuxi e Wapichana. Há oito anos, Dinarte começou a trabalhar com o plantio de melancias. Hoje, o que antes era uma monocultura se tornou uma roça diversificada, que produziu na última safra 18 toneladas de abóbora, 100 sacas de milho verde e 3 toneladas de maxixe. A produção é vendida tanto localmente quanto em mercados mais amplos, incluindo feiras e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Na última safra, a produção impressionou: 18 toneladas de abóbora, 100 sacas de milho verde e 3 toneladas de maxixe. Toda a produção é escoada para dentro e fora da comunidade, chegando a feiras locais e até à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A comunidade Vista Alegre é formada por cerca de 900 pessoas em 220 famílias, das quais 20 se dedicam à produção agrícola. Na família de Dinarte, o carro-chefe é o feijão, cultivado em uma área de meio hectare. Ele destaca que o ciclo curto do feijão permite plantios e colheitas constantes, garantindo uma renda regular. "A gente aproveita a colheita para selecionar os grãos que servirão como sementes. O segredo está na textura: enquanto os grãos destinados à venda devem ser mais verdes e úmidos, as sementes precisam estar secas e levemente amareladas", destaca o agricultor. A sustentabilidade é uma marca da produção. Dinarte aposta na compostagem orgânica para melhorar o solo e reduzir a dependência de produtos químicos, promovendo um controle de pragas mais eficiente e saudável. O conhecimento adquirido é compartilhado com outros produtores, inclusive sua família. 🌾 Influenciando a comunidade Produção agrícola em comunidade indígena de Roraima Ailton Alves/Rede Amazônica Pedro Maruai, sogro de Dinarte, também aderiu ao cultivo de feijão. Com o incentivo do genro, Pedro tem conseguido bons resultados, mesmo com uma área de plantio limitada. Além disso, projetos de energia solar estão auxiliando a comunidade. Famílias como a de Pedro foram beneficiadas com placas fotovoltaicas, que ajudam na irrigação e reduzem os custos operacionais. A energia solar não apenas diminui despesas, mas também contribui para a preservação ambiental. Olhando para o futuro, Dinarte acredita que a sustentabilidade pode ser ampliada, garantindo uma produção ainda mais eficiente e ecológica, que leve alimentos saudáveis e renda para dentro e fora da comunidade indígena Vista Alegre. Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.