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STF cobra explicações de Claudio Castro sobre operação com 119 mortos no Rio

Ministro Alexandre de Moraes marca audiência para tratar da ação policial nos complexos do Alemão e da Penha

STF cobra explicações de Claudio Castro sobre operação com 119 mortos no Rio
STF cobra explicações de Claudio Castro sobre operação com 119 mortos no Rio (Foto: Reprodução)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determina nesta quarta-feira (29) que o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, preste esclarecimentos sobre a Operação Contenção, realizada na última terça-feira e que resulta em pelo menos 119 mortes.


A audiência para tratar do caso está marcada para o dia 3 de novembro, na capital fluminense.


A operação é conduzida pelas polícias civil e militar do Rio de Janeiro nos complexos de favelas do Alemão e da Penha, com o objetivo de cumprir 180 mandados de busca e apreensão e 100 mandados de prisão — 30 deles expedidos pelo estado do Pará. Segundo o governo estadual, a ação visa conter a expansão da facção criminosa Comando Vermelho.


De acordo com balanço divulgado pelas forças de segurança, 58 pessoas morrem em confronto com a polícia e têm seus corpos retirados dos complexos na terça-feira. Quatro policiais também morrem durante os embates. Na manhã desta quarta-feira, dezenas de corpos são encontrados na área de mata do Complexo da Penha, elevando o número total de mortos para 119.


Além das mortes, a operação resulta em 113 prisões, sendo que 33 dos detidos são oriundos de outros estados e atuam no Rio de Janeiro.


Os confrontos e as retaliações promovidas pela facção impactam diretamente a rotina da cidade: vias expressas são bloqueadas, serviços públicos interrompidos e empresas encerram atividades mais cedo, liberando funcionários.


Enquanto o governador Claudio Castro classifica a operação como “um sucesso”, entidades de direitos humanos, organizações da sociedade civil e movimentos de favelas denunciam a ação como “chacina” e “massacre”. Familiares das vítimas relatam sinais de execução nos corpos encontrados, como tiros na cabeça e mutilações.

Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo


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