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Massacre do Rio Abacaxis: ex-secretário de Segurança do AM e 12 PMs são indiciados pela PF

Inquérito conclui que operação policial resultou em oito mortes, tortura e abusos contra ribeirinhos e indígenas no Amazonas

Massacre do Rio Abacaxis: ex-secretário de Segurança do AM e 12 PMs são indiciados pela PF
Ex-secretário de segurança do Amazonas, coronel Louismar Bonates / Foto: Divulgação

Treze policiais militares, incluindo o ex-secretário de Segurança Pública do Amazonas, Louismar Bonates, foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por envolvimento no "Massacre do Rio Abacaxis", ocorrido em agosto de 2020. A operação, que deveria combater o crime na região, resultou em oito assassinatos e múltiplos abusos contra ribeirinhos e indígenas nos municípios de Borba e Nova Olinda do Norte.

De acordo com o inquérito da PF, os indiciados – entre eles o coronel da reserva Ayrton Norte e outros 11 policiais, incluindo capitães, sargentos e cabos – vão responder por homicídio qualificado, sequestro, tortura, destruição de cadáver, constituição de milícia privada e fraude processual.

A operação 'Lei e Ordem', que tinha como objetivo combater crimes na região do rio Abacaxis, foi marcada por uma série de abusos cometidos pela tropa sob o comando de Bonates e Norte. Testemunhas relataram invasão de casas, agressões e execuções sumárias. O relatório da PF destaca que corpos de duas vítimas foram jogados no rio, e um hotel foi usado pelos policiais para torturar moradores.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas afirmou estar colaborando com as investigações desde o início e reforçou o compromisso de garantir que a justiça seja feita. O policial militar Thiago Dantas Pinto, um dos indiciados, afirmou que ainda não foi formalmente intimado, mas teve conhecimento da citação de seu nome no inquérito.

O caso começou em julho de 2020, quando o então secretário executivo do Governo do Amazonas, Saulo Rezende Costa, foi baleado ao tentar entrar em uma área proibida para pesca esportiva em Nova Olinda do Norte. Dias depois, quatro policiais foram mortos em confronto na região, levando o governo a lançar uma grande operação que resultou no massacre.

Até o momento, a Polícia Federal segue investigando o caso para responsabilizar outros envolvidos e garantir a reparação dos danos às vítimas.

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