Cerâmicas são embargadas e ocupações irregulares removidas na RDS do Rio Negro durante ação do Ipaam e Polícia Militar
Operação resultou em mais de R$ 500 mil em multas e reforça o combate a crimes ambientais na Região Metropolitana de Manaus

Três indústrias de cerâmica que operavam sem licença ambiental na Rodovia AM-070, na Região Metropolitana de Manaus, foram embargadas nesta quarta-feira (30) durante uma operação conjunta do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb) da Polícia Militar.
Uma das empresas, localizada em Manacapuru, foi ainda autuada por descumprir um embargo anterior, elevando o total de multas aplicadas a R$ 502,5 mil.
Na mesma operação, as equipes também destruíram três estruturas irregulares erguidas por invasores dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, na área do Ramal Uga-Uga. Uma motosserra e ferramentas usadas nas construções foram apreendidas, mas nenhum responsável foi localizado no local.
“A invasão de Unidades de Conservação é crime ambiental. Estamos atuando para proteger essas áreas, preservar a biodiversidade e garantir os direitos das comunidades tradicionais que ali vivem”, afirmou o diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço.
Segundo o analista ambiental Marcelo Barroncas, a ação reforça o compromisso do Estado com a preservação ambiental e visa desestimular novas ocupações ilegais, que colocam em risco o equilíbrio ecológico e social da região.
A RDS do Rio Negro é uma Unidade de Conservação de uso sustentável, que permite a permanência de populações ribeirinhas, indígenas e extrativistas de forma compatível com a preservação do meio ambiente. A ocupação irregular pode causar desmatamento, pesca predatória e poluição dos rios, além de gerar conflitos sociais.
O Ipaam reforça que as ações de fiscalização continuarão em diversas regiões do estado, com o apoio de órgãos de segurança. Para denúncias ambientais, a população pode entrar em contato com a Gerência de Fiscalização Ambiental pelo WhatsApp (92) 98557-9454.
“A colaboração entre as instituições é fundamental para proteger o patrimônio ambiental do Amazonas e coibir atividades ilegais”, destacou Picanço.
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