Governo do Amazonas envia kits de medicamentos para municípios em emergência por causa da cheia
Mais de 35 mil pessoas devem ser beneficiadas com a ação, que integra o plano de contingência da Operação Cheia 2025

O Governo do Amazonas iniciou, nesta semana, o envio de kits com medicamentos e produtos para saúde (PPS) aos municípios de Apuí, Boca do Acre, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Manicoré e Novo Aripuanã. As cidades decretaram situação de emergência por conta da cheia dos rios e vão receber reforço no abastecimento das unidades de saúde locais para garantir a assistência à população durante o período crítico.
A ação integra o plano de contingência da Operação Cheia 2025 e é coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). Os kits estão sendo preparados na Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) e devem começar a ser despachados a partir desta quinta-feira (24/04).
Segundo a secretária da SES-AM, Nayara Maksoud, cada município vai receber dez kits, com capacidade de atendimento para até 500 pessoas. “A previsão é alcançar cerca de 35 mil cidadãos nos sete municípios beneficiados”, informou.
Entre os itens enviados estão ácido acetilsalicílico (AAS), adrenalina, cloreto de sódio 0,9%, dipirona injetável, compressas de gaze, luvas de procedimento e máscaras. O foco é manter o funcionamento dos serviços essenciais, principalmente nos atendimentos ambulatoriais de urgência e emergência.
Além dos kits, outras ações foram realizadas para reforçar a estrutura de saúde nos municípios atingidos. Manicoré, por exemplo, recebeu uma nova usina de oxigênio com capacidade de produzir 30 metros cúbicos por hora — mais que o dobro da estrutura anterior. Já em Apuí, seis cilindros de oxigênio foram enviados como reserva técnica, além de medicamentos e insumos hospitalares.
A SES-AM também está monitorando os impactos da cheia com um Painel de Bordo em parceria com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), que acompanha indicadores e principais agravos neste período, como leptospirose, doenças gastrointestinais e hepatites.
“A assistência e a vigilância atuam de forma integrada. Durante a enchente, aumentam os riscos de doenças de veiculação hídrica, e nosso trabalho é garantir resposta rápida e prevenção”, destacou a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim.
A SES-AM e a FVS também emitiram nota técnica com orientações às prefeituras e um alerta epidemiológico sobre o risco de aumento de casos de leptospirose, disponível no site [www.fvs.am.gov.br](http://www.fvs.am.gov.br).
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