Deputado Roberto Cidade cobra ação do DNIT para recuperar porto de Borba após colisão com balsa
Mais de 40 dias após o acidente, estrutura segue inoperante, isolando o município por via fluvial e prejudicando ribeirinhos e economia local

Em Borba, a 210 quilômetros de Manaus, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Roberto Cidade (UB), esteve no município para fiscalizar as condições do porto, que está totalmente inoperante desde o dia 23 de fevereiro, quando um comboio de balsas carregadas de soja colidiu com a plataforma portuária no rio Madeira.
Durante a visita, o parlamentar voltou a cobrar uma ação imediata do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) para recuperar a estrutura e garantir uma solução emergencial.
“Borba não pode ficar isolada por via fluvial. Como os ribeirinhos virão à sede do município? Como os comunitários vão escoar seus produtos? Precisamos de agilidade do DNIT”, criticou o deputado.
Cidade lembrou que, um dia após o acidente, já havia apresentado o requerimento nº 537/2025, solicitando providências urgentes. Na ocasião, o superintendente do DNIT no Amazonas, Orlando Fanaia, teria informado ao parlamentar que medidas seriam tomadas. No entanto, nenhuma ação efetiva ocorreu desde então.
“Vamos marcar uma nova reunião com o DNIT. O povo está sofrendo, sem poder escoar mercadorias. Borba precisa de um porto funcionando com urgência”, reforçou.
Risco de perda total
O prefeito de Borba, Toco Santana, também lamentou o abandono. Segundo ele, mais de 45 dias após o acidente, nem o DNIT nem a empresa responsável pelo comboio apresentaram solução. Parte da estrutura está submersa e corre risco de ser levada pela enchente.
“A cota do rio já ultrapassou 2 metros da emergência. Se nada for feito, podemos perder o porto por completo”, alertou.
Impactos econômicos e sociais
Além de ser o principal ponto de embarque e desembarque de cargas e passageiros, o porto de Borba é essencial para o turismo religioso do município, que atrai milhares de visitantes em junho para os festejos de Santo Antônio de Borba, um dos mais tradicionais do país.
Com o porto inativo, a economia local é diretamente afetada, principalmente os pequenos produtores e comerciantes da zona rural.
A população aguarda uma resposta urgente dos órgãos competentes para que o município não sofra ainda mais com o isolamento e a paralisação das atividades fluviais.
Comentários (0)