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Greve dos rodoviários em Manaus chega ao fim após dois dias; veja o que foi acordado

Categoria garantiu reajuste de 6% e gratificação para motoristas que acumulam função de cobrador. Paralisação afetou mais de 300 mil usuários do transporte coletivo

Greve dos rodoviários em Manaus chega ao fim após dois dias; veja o que foi acordado
Greve dos rodoviários em Manaus chega ao fim após dois dias; veja o que foi acordado (Foto: Reprodução)

A greve dos rodoviários em Manaus chegou ao fim nesta quarta-feira (16), após dois dias de paralisação parcial que afetaram mais de 300 mil passageiros na capital. O acordo foi firmado entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (Sinetram), com mediação do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU).


A proposta aceita prevê reajuste de 6% nos salários e benefícios da categoria, além do pagamento mensal de R$ 600 a motoristas que também atuam como cobradores. A permanência dos cobradores nos coletivos segue em debate entre as partes.


“O acordo contempla pontos importantes das reivindicações e garante o restabelecimento do serviço à população”, afirmou Arnaldo Flores, diretor-presidente do IMMU.


Reivindicações e proposta final

Os trabalhadores reivindicavam:


- Reajuste salarial de 12%

- Aumento no valor da cesta básica

-Gratificação de R$ 1.200 para motoristas que acumulam função de cobrador

-Permanência dos cobradores nos ônibus


A proposta aceita incluiu:


- Reajuste de 6% nos salários e benefícios

-Gratificação mensal de R$ 600 para motoristas que atuam como cobradores

-Continuidade das negociações sobre a retirada gradual dos cobradores


O presidente do sindicato da categoria, Givancir Oliveira, afirmou que a decisão foi tomada de forma consciente.

“Não contempla tudo o que pedíamos, mas com certeza a greve acaba. Vamos formalizar com a diretoria.”

O advogado do Sinetram, Fernando Moraes, elogiou a atuação do município na mediação.

“A proposta tem viabilidade econômica e só foi possível graças à intermediação do IMMU e ao apoio direto do prefeito”, disse.


Impactos da paralisação


Desde a madrugada de terça-feira (15), 397 ônibus de sete empresas deixaram de circular, o que corresponde a cerca de 30% da frota operante. Terminais registraram atrasos e superlotação.

A paralisação também afetou instituições de ensino. A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) suspenderam as aulas na terça-feira (15).


Debate sobre tarifa


Durante agenda oficial nesta quarta-feira, o prefeito David Almeida disse que o aumento de salário para os rodoviários depende do reajuste da tarifa, hoje fixada em R$ 4,50.

“Esse é um dos itens que está ocasionando a greve, porque só pode dar o aumento para os rodoviários se tiver o aumento da passagem. Todas as capitais aumentaram”, declarou o prefeito.

Em fevereiro, a prefeitura chegou a anunciar o reajuste para R$ 5, mas a medida foi barrada pela Justiça. No início de abril, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu a liminar que impedia o aumento. Uma nova reunião com o Ministério Público deve ocorrer nos próximos dias.

“Acredito que vamos chegar a um entendimento para fazer o aumento da passagem, dar o aumento para os rodoviários e restabelecer a normalidade no transporte coletivo”, concluiu Almeida.

Com o fim da greve, a expectativa é que a operação dos ônibus seja totalmente normalizada nas próximas horas.

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